Segunda morte por dengue em Minas Gerais deixa estado em alerta

Em um alerta crescente para a saúde pública, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) anunciou nesta quinta-feira (25/01) a confirmação da segunda morte por dengue no estado neste ano. A vítima fatal, uma idosa residente da cidade de Araguari no Triângulo Mineiro, contribui para uma contagem alarmante de 536 casos na localidade. A triste notícia segue a perda de outra idosa em Monte Belo, estabelecendo um cenário preocupante para os municípios mineiros.

Conforme detalhado pela SES-MG, outras 24 mortes estão sob análise como suspeitas de serem causadas pelo mesmo vetor. Um levantamento recente revela que 17.887 casos de dengue já foram confirmados, enquanto um número ainda mais elevado – 49.912 – é tratado como provável.

Mulheres jovens, entre 20 e 29 anos, aparecem como as mais afetadas, com 1.722 casos registrados neste grupo etário. Um dado igualmente inquietante é o diagnóstico positivo de 173 bebês com até um ano de idade.

Belo Horizonte, a capital do estado, lidera o indesejado ranking com 4.482 casos confirmados – um número que supera significativamente os registros de Itabira, a segunda cidade na lista, que contabiliza 2.524 casos.

Diante desse cenário, o secretário de Saúde do Estado, Fábio Baccheretti, sinalizou a iminência de um decreto de situação de emergência em virtude do aumento significativo das arboviroses, embora a medida oficial ainda não tenha sido publicada.

Para além da dengue, o estado de Minas Gerais também enfrenta uma elevação no número de casos de chikungunya. Com um óbito já confirmado em Sete Lagoas e dois em fase de investigação, a doença totaliza 4.869 casos confirmados em todo o estado. Timóteo e Ipatinga lideram as estatísticas com, respectivamente, 1.790 e 1.509 casos.

Cidades como Alfenas, Varginha, Serrania, e Areado também relataram casos prováveis da doença, evidenciando a disseminação viral que não poupa regiões.

Areado 183

Alfenas 43

Varginha 215

Serrania 47

A Disponibilidade da Vacina

Enquanto a população enfrenta a disseminação, a chegada da vacina Qdenga (TAK-003), aprovada em março de 2023 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), poderia representar um alívio. Desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, o imunizante promete estimular respostas imunológicas eficazes contra todos os quatro sorotipos do vírus da dengue.

Apesar de relatos de efeitos colaterais de intensidade leve a moderada, a vacinação surge como esperança na prevenção da enfermidade. Contudo, a população do Sul de Minas depara-se com a indisponibilidade das doses do imunizante, um cenário que reforça o clamor por medidas efetivas de controle e prevenção da dengue e outras arboviroses.

Da Redação