Alfenas

Estudante com Neuralgia do Trigêmeo inicia tratamento na Santa Casa de Alfenas

As dores são intensas. A estudante planejava conseguir arrecadar doações para realizar a eutanásia na Suíça.

10 de julho de 2024

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Aos 27 anos, a estudante de veterinária Carolina Arruda, diagnosticada com a tão temida neuralgia do trigêmeo, está vivendo um novo capítulo em sua batalha contra a “pior dor do mundo”. Conhecida por ser uma condição que causa dores lancinantes e persistentes, a neuralgia do trigêmeo tem impossibilitado Carolina de realizar suas atividades cotidianas e agora ela se encontra internada na Santa Casa de Alfenas, no Sul de Minas, para um tratamento intensivo e inovador.

Relembremos seu histórico: Carolina foi diagnosticada com a neuralgia após quatro anos de sofrimento, passando por três cirurgias ao longo dos últimos 11 anos em uma tentativa de amenizar as dores. A última operação, realizada em 2023, deixou o lado direito de seu rosto paralisado. Desde então, as dores não cessaram, levando a estudante a considerar a eutanásia como uma solução para seu sofrimento.

Contudo, nesta última semana, seu caso tomou um rumo diferente. Internada na Santa Casa de Alfenas desde segunda-feira (08/07), Carolina recebeu o apoio do Dr. Carlos Marcelo de Barros, diretor clínico da Santa Casa e presidente da Sociedade Brasileira para os Estudos da Dor (SBED). O especialista se propôs a cuidar da jovem de forma gratuita, oferecendo um tratamento altamente especializado e gradual para as dores crônicas de Carolina.

O processo inicial, que deve durar aproximadamente 10 dias, envolve um protocolo rigoroso de dessensibilização com medicações, e a reavaliação através de novos exames. De maneira crucial, na quarta-feira (10), Carolina será transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para receber uma medicação que requer atenção intensiva.

Nos próximos meses, Carolina poderá ser submetida a diversas intervenções, dependendo das respostas iniciais ao tratamento. Entre as possibilidades consideradas pelo Dr. Barros estão:

-Intervenção no nervo trigêmeo: O procedimento pode ser feito através de balão guiado, que incha e comprime o nervo, ou por radiofrequência, que tenta “adormecê-lo”.

-Implante de bomba intratecal de fármacos: Um dispositivo que leva a medicação diretamente até a medula óssea, atingindo o sistema nervoso central.

-Tratamento por radiocirurgia (Gamma Knife): Esta técnica visa áreas cerebrais específicas para tentar aliviar a dor.

-Implante de neuroestimuladores no nervo trigêmeo: Dispositivos que estimulam o nervo e impedem a passagem da dor.

Carolina, que antes via na eutanásia a única saída para seu sofrimento, agora se encontra sob um novo horizonte de esperança.

Da Redação

Funerária São Pedro